Mistério desconhecido ou (re)conhecido

Hoje é o primeiro dia de sol, depois de tantos dias bem molhados, encharcados.
Estão a ser dias de estudo de plantas.
De entrega às plantas que ainda não brotam por aqui, mas que sempre nos fizeram felizes, lá em baixo na Mizarela.

Nesta entrega, reconheço que estudo não só a planta em si, mas também o relacionamento entre plantas, solo e animais e entre plantas e human@s.

Na realidade, é fascinante verificar o quanto procuro um significado transcendente, holístico ou espiritual para o aparecimento de uma planta ou animal em determinado local, bem em frente dos meus olhos ou dos meus pés.
Definitivamente há algo mágico.
Uma magia que me transporta a algo que experiencio como estando ou sendo bem profundo, mas que parece tão simples, e muitas vezes desconhecido: o mistério!
Mergulhar neste mistério é um mistério em si! No que estou eu a mergulhar? Que mergulho é este se não é algo físico como a água? O que é o mistério?

Perguntas pelas quais estou curiosa, mas cujas respostas não são o fim em si!
O questionamento é interesse e evolução.
Parece ser uma caminhada que convida a ser saboreada pouco a pouco.

Passo a passo, o mistério revela-se, seja no brotar de uma flor ou na descoberta de seres que achei que tinham desaparecido com os incêndios.

P.S. - Na caminhada do David de há uns dias até ao topo do Picoto (Açor), ele surpreendeu-se com a corrida de 2 veados. Assim, no meio de uma montanha ardida e tão tão cheia de vida!