Anciãs que nunca deixarão de o ser
Estas foram as últimas anciãs deste local a partirem.
A serem quebradas, a serem transformadas.
De facto, o vale está muito diferente.
Resisti durante muito tempo em deixá-las partir da forma como estavam. Mas consigo ver agora como foi a acção certa.
Árvores queimadas.
Árvores que já não viviam, mas que davam vida.
E agora vão dar vida a estruturas de jardim e de interior de casaS.
Mas não só de utilidade são feitas.
São sabedoria.
São anos de vivência.
São proteção e abrigo.
São companheirismo e medicina.
São casa e o leito de nós e de muitos animais.
São sustento.
São conhecimento.
São raíz que não se move.
São poder e altura.
Altruísmo e amor.
Este foi apenas o início de muito ainda para fazer.
Mas que o vale rejubila ninguém pode negar.
Pois é o início de um novo ano.
É o início de uma nova vida neste terreno, para este terreno, destas árvores e destas pessoas.
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