O Verão aqui no Açor
Mal os dias de temperaturas acima dos 30*C chegaram, senti logo a resistência.
O cérebro parece parar, tudo fica mais lento, as coisas não correm como é suposto, tudo custa mais tempo e agilidade mental e física.
Mas este descobri que pode ser tudo diferente. Nada verdade, nada muda, pois o calor é o mesmo, este ano por mais dias seguidos, mas a forma com que eu me relaciono com este tipo de situação mudou! A partir do momento em que faço um esforço para não me vitimizar como calor extremo, consigo ver e sentir a beleza e conseguir responder com ânimo e perseverança.
As "pipocas" de verão, como quem diz, as sementes das giestas rebentam em uníssono por vários dias, as cobras e os lagartos saem à rua, os pássaros cantam durante todo o dia, a lentidão permite-me parar, a água é fresca e corre no riacho, as plantas lutam pela sua sobrevivência e muitas delas crescem imenso e todo este calor faz-me lembrar da minha infância quando ia para Trás os Montes passar alguns tempos na casa ora dos avós ora de tios. É o mesmo calor e o mesmo cheiro.
Abençoadas as estações, mesmo que desafiantes!
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